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Eu sei, leu a minha imagem e, a primeira pessoa de que se lembrou, foi aquele cliente chato!
Eu não lhe vou demorar muito tempo, continue a ler mais 2 minutos que eu prometo que vai sair daqui com um bichinho atrás da orelha.
Ora então...
Num mundo onde todas as empresas competem constantemente pela atenção e lealdade dos clientes, o poder do storytelling (ou "arte de contar histórias") na comunicação corporativa destaca-se como um método essencial para distinguir uma empresa de todas as outras. Quem não gosta de uma boa história?
(Sim, são como aqueles anúncios mais "fora da caixa" que nos emocionam perto do Natal!)
No entanto, o que muitas vezes diferencia uma história cativante de uma história que passa ao lado, é a quem a história dá o papel de herói.
Ao invés de posicionar a sua empresa como o centro da narrativa, uma melhor abordagem (e mais marcante) é fazer do cliente o herói da sua história.
Porquê?
Porque as pessoas envolvem-se com histórias que são pessoais, emocionais e com as quais se identificam nas suas próprias vidas.
Ao colocar o cliente no papel principal, estará a reconhecer a sua importância e a validar as suas experiências e as suas dores, criando assim uma conexão emocional imediata.
(Já se está a recordar dos anúncios que dão perto do Natal de que falei há pouco, não já?)
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Exemplo:
Imagine uma história em que uma empresa de iogurtes narra como desenvolveu um novo ingrediente dietético e revolucionário.
Se a história se concentra apenas nos recursos e benefícios do produto, ela não vai despertar muito interesse, certo?
Se calhar, até vai achar que a empresa esteve bem e sente ali um pouco de orgulho porque é uma empresa portuguesa... Mas, a verdade é que, no dia seguinte, não se vai lembrar mais dessa história, nem dessa empresa...
No entanto, se a história girar em torno de um cliente a enfrentar vários desafios, e como esse cliente os superou - não necessariamente com a ajuda da empresa, mas como a empresa esteve lá a apoiar o cliente (o seu herói) - a história pode-se tornar muito mais envolvente.
Transforma-se - agora - o cliente, que é o herói que enfrentou obstáculos e encontrou uma solução, e a empresa não lhe fez a "papa toda"... Talvez o tenha ajudado um bocadinho... Talvez o tenha apoiado um bocadinho... Mas esteve lá para o aplaudir!
No final do dia, foi o cliente que teve a coragem e, sozinho, "subiu ao Evereste".
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Isto não só torna a história mais emocionante, mas também demonstra de forma subtil como a empresa agrega valor à vida de seus clientes - e como se importa com os clientes, de forma genuína.
Além disso, ao fazer do cliente o herói da história, estará a mostrar empatia e compreensão em relação às suas necessidades e dores. Em vez de estar apenas a destacar as características do seu produto ou serviço (como tantas outras empresas) estará a demonstrar como a sua empresa está genuinamente interessada em ajudar os clientes a alcançar seus objectivos e a superar os seus desafios.
Esta abordagem também valida e reconhece os clientes. Ao destacar as suas histórias e as suas conquistas, estará a mostrar que valoriza a contribuição do cliente e reconhece o seu papel fundamental no sucesso da empresa.
Sem cliente, não há empresa...
Se conseguir construir esta história real, fortalece ainda mais o relacionamento entre a empresa e o cliente, criando uma base sólida para uma parceria duradoura.
E o melhor: não precisa de ter um grande investimento para fazer um anúncio de Natal, basta estar atento e escutar as histórias. Pois, parte da viagem do seu herói, é passada dentro do seu estabelecimento.
Como aplicar esta estratégia:
- Escute as histórias dos seus clientes: Preste atenção aos desafios que eles enfrentam e como superam.
- Identifique os pontos de dor: Descubra o que é mais frustrante para os seus clientes e como a sua empresa pode ajudar.
- Crie histórias autênticas e inspiradoras: Mostre como os seus produtos ou serviços ajudaram clientes reais a alcançar seus objetivos.
O cliente é o seu herói.
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